Pastor Maldonado admitiu que exagerou nas críticas feitas a Williams durante o último final de semana. Visivelmente irritado, o venezuelano afirmou que esta temporada está sendo sua pior pela Williams desde 2010 e sugeriu que a equipe poderia ter sabotado seu carro para atrapalhar seu desempenho nos treinos classificatórios. No entanto, após conversar com seus chefes, Maldonado explicou que deixou as emoções falarem mais alto.
“Às vezes nos estressamos demais e às vezes pensamos apenas no momento em que estamos vivendo, mas sempre há algo por trás disso, e depois de três anos de convivência você acaba explodindo. Acumulei energia demais e explodi. Não sou louco de falar essas coisas assim do nada. Cometi um erro, pois respeito muito a Williams e eles me respeitam nestes três anos em que estamos juntos. Mas fiquei estressado demais, especialmente durante a semana que minha saída (da Williams) foi anunciada”, declarou em entrevista à revista Autosport.
Maldonado também revelou que pretende manter contato com algumas pessoas da Williams depois de sair da equipe no ano que vem.
“Talvez algumas pessoas mudaram de postura nestes anos e levei isso para o lado pessoal. Não foi toda a equipe (que errou). Gostaria de tê-los como amigos, já que fiz grandes amizades lá, talvez as únicas que tenho na F-1. Juntos passamos pela melhor fase da minha carreira, e pelos momentos ruins também”.
O piloto reconheceu que deveria ter sido mais cuidadoso em suas declarações e disse que só queria ter dado continuidade aos bons resultados do ano passado.
“Depois da vitória (no GP da Espanha de 2012) e da boa temporada que fizemos no ano passado, todos nós esperávamos algo mais em 2013. E quando você chega ao fim da temporada está ainda mais estressado porque queria ter conseguido resultados melhores, mas não consegui por conta das limitações do carro que tenho em mãos. E às vezes você acaba falando mais do que deveria”, admitiu.
Sobre seu futuro, Maldonado afirmou que não há nada certo, mas que uma decisão deve ser tomada até o fim desta semana, quando a F-1 fecha a temporada 2013 no Brasil. O piloto (e seu valioso patrocínio da petrolífera PDVSA) é pretendido por Lotus e Sauber.
“Ainda não decidi o que farei no ano que vem, mas não estou preocupado em fazer uma escolha errada. A Williams é uma equipe importante e desejo-lhes toda a sorte do mundo no futuro”, concluiu.
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