F1 | GP da Austrália 2014: Direção de Prova desclassifica Daniel Ricciardo

Uma hora depois do fim da prova, os comissários da FIA anunciaram que estavam investigando irregularidades no sistema de fluxo de combustível da RBR. Segundo o comunicado, a RB10 do australiano "excedeu consistentemente" o fluxo limite de 100kg de combustível por hora, novidade nas regras deste ano, infringindo os artgios 3.2 e 5.1.4 dos regulamentos esportivo e técnico, respectivamente.
Chistian Horner, chefe do time, e Adrian Newey, o projetista, foram chamados para dar esclarecimentos. O piloto, enquanto isso, jantava com os engenheiros. No circuito, arquibancadas vazias e luzes apagadas. O público foi para casa sem saber se seu novo xodó havia realmente chegado em segundo lugar. O próprio australiano perdeu a paciência e deixou o Albert Park sem saber da decisão final. Após mais de cinco horas depois do fim da prova, enfim, o veredicto: Ricciardo estava desclassificado. 
Ricciardo disqualified from Australian GPCom isso, na prova vencida por Nico Rosberg, da Mercedes, o dinamarquês Kevin Magnussen passou para a segunda posição em sua estreia e seu companheiro de McLaren, Jenson Button, subiu para terceiro, somando um pódio a sua carreira, mesmo sem participar da cerimônia de premiação. Quem entrou na zona de pontuação foi o mexicano Sergio Pérez, da Force India.
A escuderia austríaca prometeu apelar e divulgou um comunicado:
- Na sequência da decisão da FIA de que a RBR violou os artigos 3.2 e 5.1.4, a equipe comunica sua intenção de recorrer com efeito imediato. Inconsistências com o medidor de fluxo de combustível da FIA foram predominantes durante todo o fim de semana. A equipe e a Renault estão confiantes de que o combustível fornecido ao motor está em plena conformidade com os regulamentos.

Afinal, o que diz a regra e qual o objetivo da adoção da mesma? 

Bem, a ideia é simples. Com tanques limitados a 100 quilos de combustível e sem o reabastecimento permitido, as equipes precisam construir um conjunto eficiente. O fluxo de gasolina é limitado ao máximo de 100kg/h. Ou seja: se o piloto usar motor a combustão na condição ideal o tempo todo, ficará sem combustível no meio da prova. O desafio das equipes é equilibrar o uso do propulsor tradicional com os sistemas de recuperação de energia.


Quanto mais gasolina é injetada no motor, mais alta é a potência. A mistura do combustível fica mais rica, com menos ar na equação. Isso dá uma vantagem artificial a esse carro. De certa forma, isso ajuda a explicar com o a RBR de Ricciardo andou atrás apenas da Mercedes, mesmo tendo desempenhos pífios nos testes e nos primeiros treinos livres.

E como é feita a monitoração? A FIA acompanha todos os carros em tempo real por meio de um medidor por ultrassom. A ideia é impedir as equipes de acharem brechas no regulamento e desenvolverem equipamentos que sejam eficientes, sem desperdiçar nenhum tipo de energia do carro.

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